Economia criativa, cidades criativas: casos Latino-Americanos

Autores

  • Carolina Gallo Garcia Universidade Federal do Rio Grande do Sul http://orcid.org/0000-0003-3702-6098
  • Stefano Florissi Florissi Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.22398/2525-2828.2538-56

Resumo

O contínuo investimento no desenvolvimento criativo das cidades parte de um entendimento da vida nas cidades como fonte inesgotavelmente rica e dinâmica, tanto para o desenvolvimento humano como econômico. A partir da hipótese que uma cidade pode se tornar paulatinamente mais criativa através da articulação de sua comunidade e soluções governamentais, o presente trabalho visa apontar novas possibilidades e caminhos para o desenvolvimento com base em uma revisão teórico-metodológica de estudos sobre cidades criativas e dois estudos de caso de cidades latino-americanas que atuaram ativamente em suas renovações criativas: Buenos Aires, Argentina e Medellín, Colômbia. Ao final do artigo, buscamos compreender como tais exemplos podem auxiliar à reflexão do caso da cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Com o intuito de propiciar um debate de ideias mais aprofundado, este artigo se deterá em questões mais pragmáticas sobre modelos de planejamento urbano apoiados prioritariamente em atividades culturais, buscando evidenciar o potencial gerador de bem-estar social e econômico da cultura, bem como proporcionar subsídios teórico-práticos que justifiquem a priorização de ações na agenda de políticas públicas direcionadas ao aumento da produção local de bens simbólicos.

Biografia do Autor

Carolina Gallo Garcia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduada em Comunicação Social (2009) pela PUCRS, Especialista em Economia da Cultura (2014) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Mestranda em Planejamento Urbano e Regional (2016-2018) na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi coordenadora de projetos no Observatório de Economia Criativa da UFRGS, projeto vinculado ao Ministério da Cultura entre 2014 e 2016.

Stefano Florissi Florissi, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (1991), mestrado em Economia - University of Illinois at Urbana Champaign (1993) e doutorado em Economia - University of Illinois at Urbana Champaign (1996). Atualmente é da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul e professor adjunto I da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Crescimento e Desenvolvimento Econômico, atuando principalmente nos seguintes temas: regulação, desenvolvimento econômico, participação popular, orçamento público e telefonia móvel. Atualmente é Coordenador do Curso de Especialização em Economia da Cultura no Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Departamento de Economia e Relações Internacionais (DERI-UFRGS)

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Publicado

2017-10-20

Edição

Seção

Artigos