A economia criativa diante do paradigma de complexidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22398/2525-2828.823184-201

Palavras-chave:

Economia criativa, Indústrias criativas, Complexidade, Gestão cultural, Criatividade desviante

Resumo

Objetivo: Discutir a economia criativa com base no paradigma de complexidade. Pensar a economia criativa por esse paradigma se insere na busca por se estabelecer princípios de inteligibilidade convenientes a fim de apreender a complexidade do modo de organização das ideias. Provocações: Poderia ser, todavia, que, ao termo desse percurso, se deixasse entrever algo como uma dissidência por parte dos conservadores. Conservadores não por estarem preocupados empreservar as tradições, mas, sobretudo, por estarem preocupados em refutar qualquer possibilidade da emergência de uma nova tradição. Conclusão: O paradigma de complexidade, assim, evidencia a emergência de uma criatividade desviante nas suas possibilidades de autonomia. Nessa autonomia está intrínseco um jogo dialógico dos pluralismos, da multiplicação de brechas e rupturas nas determinações criativas existentes. Logo, a criatividade desviante é capaz de apontar a emergência de novos paradigmas criativos, os quais podem desestabilizar a criatividade institucionalizada

Biografia do Autor

Romilson Marco dos Santos, ROMAIC - Roma Indústrias Criativas

Pesquisador e fomentador das INDÚSTRIAS CRIATIVAS E ECONOMIA CRIATIVA.Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP(Bolsa CAPES). Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC -SP. Membro da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação - INTERCOM, pesquisador do GP de Semiótica da comunicação. Possui graduação em Comunicação Social Rádio e TV (Radialismo) pela UNESP - BAURU Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

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Publicado

2023-08-31

Edição

Seção

Artigos