Rio de imaginários: cidade, megaeventos e planejamento estratégico
DOI:
https://doi.org/10.22398/2525-2828.92558-72Palavras-chave:
Rio de Janeiro, megaeventos, imaginário, planejamento estratégicoResumo
De gestores urbanos a artistas, passando por empresários e publicitários, a marca “Rio” é mun-dialmente conhecida e consumida. A projeção midiática que a cidade teve durante os preparativose a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 possibilitou a construção de um imaginário largamenteutilizado na intenção de legitimar práticas institucionais que modificaram o espaço e o reade-quaram aos interesses de coalizões governamentais e empresariais. Esse modelo de governançaolha para a cidade e a administra, literalmente, como uma mercadoria que deve ser valorizadae cultuada, a fim de se projetar num mercado internacional onde concorre com outras cidades.Pretendemos debater, neste artigo, as mutações do Rio (e da marca Rio) utilizando como parâ-metros, além do contexto histórico, a Reforma Passos, no começo do século XX, e as intervençõesoperadas na cidade com vistas à Copa e às Olimpíadas
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