A rocinha e seus espaços de consumo: uma observação etnográfica
DOI:
https://doi.org/10.22398/2525-2828.41047-59Resumo
Este artigo tem por objetivo descrever e analisar os principais espaços de consumo presentes na Rocinha, considerando-a como um local dinâmico e único, que tem uma cultura própria percebida nas relações entre seus moradores e com o próprio local. As principias reflexões foram possíveis a partir de uma etnografia conduzida, durante dezessete meses, na referida favela localizada na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Com base em um marco teórico fundamentado na antropologia do consumo, o artigo contextualiza a Rocinha do ponto de vista cultural, social e econômico, e analisa a diversidade de espaços de consumo, de produtos e de serviços presentes naquele que é popularmente conhecida como “a maior favela do Brasil”. A partir da etnografia conduzida, foi possível identificar que a Rocinha apresenta aspectos que remete às culturas carioca e nordestina, presentes na maneira como seus moradores se relacionam e vivenciam o cotidiano. Pode-se citar como exemplos, as praças, feiras e calçadas onde os vários estilos de música - seresta, forró, funk e pagode - convivem lado a lado. No entanto, o jazz, a música clássica, o samba, a MPB e o rock também estão presentes. Quanto ao comércio, bastante diversificado, foram identificadas oito categorias de espaços de consumo - e cada categoria se assemelha em arquitetura, produtos, serviços e atendimento: camelôs; lojas tradicionais; lojas contemporâneas; lojas de marcas consagradas; lojas vintage; lojas de bem-estar e saúde; conveniências, e lazer e gastronomia.
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