Fatores germinativos para negócios de moda sustentável
DOI:
https://doi.org/10.22398/2525-2828.82286-101Palavras-chave:
Moda, Indústria criativa, SustentabilidadeResumo
A insustentabilidade contemporânea relacionada à produção e ao consumo desperta discussões multidisciplinares. Conforme uma visão de moda mais sustentável e uma abordagem pela eco-nomia criativa, objetiva-se identificar quais aspectos contribuem para a germinação de negó-cios de moda sustentável na perspectiva do designer de moda no contexto da cidade de Porto Alegre (RS). Para tanto, procede-se à pesquisa de caráter exploratório-descritivo, de abordagem qualiquantitativa, executada em três fases: revisão narrativa de literatura, levantamento de da-dos e análise comparativa. Desse modo, observa-se que aspectos como cultura, educação, mídia, coworking e outros movimentos colaborativos, além do Plano Municipal de Economia Criativa de Porto Alegre e do Fashion Revolution, foram fundamentais para o surgimento dos negócios pes-quisados, o que permite considerar que um conjunto de elementos — indivíduos motivados pela sustentabilidade, governo, lideranças e instituições — colaboram para a germinação de negócios de moda sustentável.
Referências
ANICET, A.; RÜTHSCHILLING, E. Moda e consumo sustentável. In: COLÓQUIO DE MODA, 8., 2012. Anais [...]. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20Moda%20-%202012/GT11/ARTIGO-DE-GT/103372_Moda_e_Consumo_ Sustentavel.pdf. Acesso em: 23 mar. 2022.
ASSADOURIAN, E. Reconstruindo culturas para criar uma civilização sustentável. In: ASSADOURIAN, E.; PRUGH, T. (org.). Estado do mundo 2013: a sustentabilidade ainda é possível? Salvador: Universidade Livre Mata Atlântica, 2013. p. 65-77.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA TÊXTIL E DE CONFECÇÃO (ABIT). Perfil do setor. Disponível em: http://www.abit.org.br/cont/perfil-do-setor. Acesso em: 23 mar. 2022.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2009.
CALADO, L.; PERDIGÃO, E. Uma análise sobre a experiência do consumo e produção em dois empreendimentos criativos da moda. Diálogo com a Economia Criativa, v. 5, n. 13, p. 6-17, 2020. https://doi.org/10.22398/2525-2828.5136-17
CAMARGO, C.; FREIRE, K. Ativismo: um catalisador para a moda sustentável. In: COLÓQUIO DE MODA, 13., 2017. Anais [...]. Bauru, 2017. Disponível em: http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20 Moda%20-%202017/GT/gt_10/gt_10_ATIVISMO_UM_CATALISADOR_PARA.pdf. Acesso em: 23 mar. 2022.
CEGLIA, D. Uma análise complexa e rizomática da indústria da moda: em direção à uma economia criativa e circular. 2020. 221f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Administração, Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020.
CIETTA, E. A economia da moda: porque hoje um bom modelo de negócios vale mais do que uma boa coleção. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2017.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso futuro comum. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getulio Vargas, 1991.
CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE COMÉRCIO E DESENVOLVIMENTO (UNCTAD). Relatório da economia criativa 2010: economia criativa, uma opção de desenvolvimento. Brasília: Secretaria da Economia Criativa/Minc, 2010.
ELLEN MACARTHUR FOUNDATION. A new textiles economy: redesigning fashion’s future. Ellen MacArthur Foundation. Disponível em: https://www.ellenmacarthurfoundation.org/assets/downloads/publications/A-New-Textiles-Economy_Full-Report_Updated_1-12-17.pdf. Acesso em: 23 mar. 2022.
FASHION REVOLUTION. About. Fashion revolution. Disponível em: http://fashionrevolution.org/about/. Acesso em: 23 mar. 2022.
FECOMÉRCIO SP. Índice de criatividade das cidades. Fecomércio SP, 2012. Disponível em: http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/03_04_2012_17.43.59.94e7e75. Acesso em: 6 jun. 2022.
FERRONATO, P.B.; FRANZATO, C. Open design e slow fashion para a sustentabilidade do sistema de moda. ModaPalavra E-periódico, Florianópolis, v. 9, ed. esp., p. 104-115, out. 2015. https://doi. org/10.5965/1982615x09012015104
FLETCHER, K. Biography. 2022. Disponível em: https://katefletcher.com/profile/. Acesso em: 23 mar. 2022.
FLETCHER, K. Slow fashion: an invitation for systems change. Fashion Practice, v. 2, n. 2, p. 259-266, 2010. https://doi.org/10.2752/175693810X12774625387594
FLETCHER, K.; GROSE, L. Moda & sustentabilidade: design para mudança. São Paulo: Senac, 2011.
FREIRE, K.; ARAUJO, R.Z. Design estratégico e cultura de sustentabilidade na moda: o caso
Colibrii. In: COLÓQUIO DE MODA, 13., 2017. Anais [...]. Bauru, 2017. Disponível em: http://www. coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20Moda%20-%202017/GT/gt_10/gt_10_Design_ Estrategico_e_cultura%20.pdf. Acesso em: 23 mar. 2022.
GIL, A. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
GWILT, A. Moda sustentável: um guia prático. São Paulo: Gustavo Gili, 2014.
HETHORN, J.; ULASEWICZ, C. Sustainable fashion: why now? A conversation about issues, practices, and possibilities. Nova York: Fairchild Books, 2008.
HOWKINS, J. The creative economy: how people make money from ideas. Londres: Penguin Press, 2002.
KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração de marketing. 14. ed. São Paulo: Pearson Education, 2012.
LEE, K.; MENDES, F. Novos modelos de negócios de moda: uma análise com base nos arquétipos
de negócios sustentáveis. ModaPalavra, Florianópolis, v. 14, n. 32, p. 150-178, 2021. https://doi. org/10.5965/1982615x14322021150%20
LEE, M. Eco chic: o guia de moda ética para a consumidora consciente. São Paulo: Larousse do Brasil, 2009.
NIINIMÄKI, K.; PETERS, G.; DAHIBO, H.; PERRY, P.; RISSANEN, T.; GWILT, A. The environmental price of fast fashion. Nature Reviews: Earth & Environment, v. 1, p. 189-200, 2020. https://doi.org/10.1038/s43017-020-0039-9
NISHIMURA, M. Vestuário de moda sustentável: elementos que agregam valor ao produto. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção, Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2018. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190895. Acesso em: 27 nov. 2020.
PAL, Rudrajeet; GANDER, Jonathan. Modelling environmental value: an examination of sustainable business models within the fashion industry. Journal of Cleaner Production, v. 184, p. 251-263, 2018. https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2018.02.001
PERINI, A. Cenários futuros para o design sustentável. In: COLÓQUIO DE MODA, 12., 2016. Anais [...]. João Pessoa, 2016. Disponível em: http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20 Moda%20-%202016/COMUNICACAO-ORAL/CO-08-Sustentabilidade/CO-08-Cenarios-sustentaveis-para-o-design_Anerose-Perini.pdf. Acesso em: 23 mar. 2022.
POA: SUSTAINABLE FASHION. Mapeando marcas, lojas e iniciativas. Poa: Sustainable Fashion, 2017. Disponível em: https://www.facebook.com/nucleodemodasustentavel/. Acesso em: 25 jul. 2017.
PREFEITURA DE PORTO ALEGRE. Plano Municipal de Economia Criativa. Porto Alegre: Prefeitura de Porto Alegre, 2013. Disponível em: http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/inovapoa/usu_doc/poa_criativa_vweb.pdf. Acesso em: 23 mar. 2022.
QUEIROZ, L.L. Utopia da sustentabilidade e transgressões no design. Rio de Janeiro: 7Letras, 2014.
SACHS, I. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Garamond, 2009.
SALCEDO, E. Moda ética para um futuro sustentável. São Paulo: Gustavo Gili, 2014.
SCHULTE, N.K. Reflexões sobre moda ética: contribuições do biocentrismo e do veganismo. Florianópolis: Editora da Udesc, 2015.
TODESCHINI, B.; CORTIMIGLIA, M.N.; CALLEGARO-DE-MENEZES, D.; GHEZZI, A. Innovative and sustainable business models in the fashion industry: entrepreneurial drivers, opportunities, and challenges. Business Horizons, v. 60, n. 6, p. 759-770, 2017. https://doi.org/10.1016/j.bushor.2017.07.003
VERGARA, S.C. Métodos de pesquisa em administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Maicon Douglas Livramento Nishimura, Leila Amaral Gontijo, Ricardo Triska
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os direitos autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista.
Ressaltamos que a responsabilidade dos artigos é de exclusividade do(s) autor(es) e não reflete, necessariamente, a opinião dos Editores ou da ESPM.