A produção de design nas indústrias criativas: crítica à lógica capitalista neoliberal
DOI:
https://doi.org/10.22398/2525-2828.92592-112Palabras clave:
Campo do design, Capitalismo, Criatividade, Crítica, Indústria criativaResumen
Neste estudo, o trabalho do designer é considerado uma práxis projetual orientada pela lógica dialética, ou seja, é moldada e, ao mesmo tempo, molda o trabalho criativo capitalista. Por meio de uma análise social crítica, é evidenciada a dimensão mercadológica de noções socioeconômicas imperativas no Campo do Design e como estas o impactam, uma vez que o entendimento do ato de criar vigente é tecnocrático. Para desenvolver esta investigação, inicia-se com uma apresen tação do pensamento econômico-político do modo de produção capitalista e sua determinação na instância de produção, além do viés crítico que surge como contestação a essa configuração. Em seguida, traça-se o processo histórico do entendimento de “criatividade” e sua influência no Campo do Design. Por último, contextualiza-se a atualidade hegemônica do capitalismo tardio, as Indústrias Criativas, com uma breve análise da Adobe Inc. e sua influência na digitalização do trabalho no Campo do Design. Com os resultados obtidos nessa análise crítica, evidencia-se a im portância de observar implicações de fenômenos sociais na práxis do projetar e como o processo criativo é impactado pela materialidade e historicidade das circunstâncias nas quais está inserido.
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