Mito de um narciso urbano: reflexões sobre Hudinilson Jr. (1957–2013) e a memória gráfica no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.22398/2525-2828.102931-54Palavras-chave:
Hudinilson Jr., Cadernos de referências, Xerografia, Imagem técnica, Memória gráfica brasileiraResumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre os trabalhos do artista Hudinilson Jr. (1957–2013) relacionados às imagens técnicas impressas. Nosso objetivo é pensar algumas de suas obras que dialogam com o deslocamento, os métodos de gravação e as práticas de reprodução de imagens, destacando os processos criativos e conceituais vinculados à concepção, idealização e produção de matrizes geradoras. Hudinilson Jr. construiu uma carreira extensa, com interesses que abrangeram os campos da pesquisa, do arquivo e da docência. Orientado pelo conceito artemídia, pelo desejo e pelo caráter público e autoral proporcionado pelo circuito artístico em São Paulo, seus temas de investigação frequentemente destacaram as formas e visualidades do corpo masculino nu. Nesse contexto, o presente estudo aborda, com base em uma perspectiva fundamentada na história e na crítica de arte e design, obras e processos relacionados à xilogravura, à arte postal e xerografia, produzidos entre as décadas de 1970 e 1980. Analisamos aspectos técnicos e conceituais desses procedimentos, enfatizando como eles contribuem para a compreensão e descrição da trajetória do artista. Por fim, esta pesquisa reafirma a importância de revelar novas narrativas sobre artistas brasileiros e as potencialidades de suas abordagens, destacando suas contribuições para imaginar o design, a arte contemporânea e a memória gráfica do país.
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