What the covers say: a graphic analysis of copies of the alternative newspaper De Fato (1976–1978)

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22398/2525-2828.1029124-144

Keywords:

Graphic analysis, Alternative press, Graphic memory, Visual-verbal rhetoric, De Fato newspaper

Abstract

This article aims to elucidate how the graphic-editorial design of the covers of the alternative newspaper De Fato (1976–1978) in Minas Gerais communicated socio-politically engaged messages during Brazil’s civil-military dictatorship through technical and aesthetic elements. Thus, the study falls within the field of graphic memory, which identifies graphic artefacts as important materials in the construction of a history of design. The methodology adopted follows the assumptions of André Villas-Boas, who advocates the critical practice of graphic analysis of visual programming projects, considering both the organization of elements in the layout and the historical context. In the search for more in-depth knowledge, procedures from Gui Bonsiepe’s visual-verbal rhetoric were also used, applying concepts drawn from semantics to design. The results show that the design of the covers functioned as a visual translation of discourses permeated by social demands, driven by compositional strategies that demarcate the place of design in narrative disputes.

Author Biography

André Matias Carneiro, Universidade do Estado de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brazil

PhD candidate in Design at Universidade do Estado de Minas Gerais. Member of the Research Group Center for Studies in Theory, Culture, and Research in Design. Maintains a personal visual arts project entitled Pexafema, with a registered trademark at Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

References

ABREU, Alzira Alves de. A modernização da imprensa (1970-2000). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

ALMEIDA JUNIOR, Licínio; NOJIMA, Vera Lúcia. Retórica do design gráfico: da prática à teoria. São Paulo: Blucher, 2010.

ARNHEIM, Rudolf. Arte & percepção visual: uma psicologia da visão criadora. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

BARROS, Patrícia Marcondes de. A imprensa alternativa da contracultura no Brasil (1968-1974): alcances e desafios. Patrimônio e Memória, Assis, v. 1, n. 1, p. 78-85, mar. 2005.

BARTHES, Roland. A câmara clara: nota sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

BONSIEPE, Gui. Retórica visual/verbal. In: BIERUT, Michael; HELFAND, Jessica; HELLER, Steven; POYNOR, Rick (Org.). Textos clássicos do design gráfico. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010. p. 177-183.

BONSIEPE, Gui. Design, cultura e sociedade. São Paulo: Blucher, 2011.

CALDWELL, Cath; ZAPPATERRA, Yolanda. Editorial design: digital and print. Londres: Laurence King, 2014.

CAPELATO, Maria Helena Rolim. A imprensa na história do Brasil. 2. ed. São Paulo: Contexto / Edusp, 1994.

CARVALHO, Ricardo (Org.). As capas desta história. São Paulo: Instituto Vladimir Herzog, 2013.

COMISSÃO DA VERDADE EM MINAS GERAIS (COVEMG). Relatório da Comissão da Verdade em Minas Gerais. Belo Horizonte. Covemg, 2017.

DAMASCENO, Patrícia Lopes. Design de jornais: projeto gráfico, diagramação e seus elementos. Biblioteca Online de Ciências da Comunicação, Universidade Beira Interior, Portugal, v. 1, n. 1, p. 1-40, 2013.

DE FATO. Belo Horizonte, 27 dez. 1977.

DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

FARIAS, Priscila Lena. Acerca del concepto de memoria gráfica. Bitácora Urbano Territorial, Bogotá, v. 27, n. 4, p. 61-65, 1 dez. 2017.

FERREIRA JUNIOR, José. Capas de jornal: a primeira imagem e o espaço gráfico-visual. São Paulo: Senac São Paulo, 2003.

FONSECA, Leticia Pedruzzi. Memória gráfica brasileira. Chapon: Cadernos de Design / Centro de Artes / UFPEL, Pelotas, v. 2, n. 1, p. 6-24, mar. 2021.

GRUSZYNSKI, Ana Cláudia. Entre palavras, imagens e diagramas: o lugar do design gráfico na formação do jornalista cultural. Comunicação Midiática, Bauru, v. 7, n. 3, p. 146-159, set. 2012.

GRUSZYNSKI, Ana Cláudia; DAMASCENO, Patrícia Lopes. Design de jornais: processos, rotinas e produto: um estudo do segundo caderno, suplemento cultural de Zero Hora. Brazilian Journalism Research, Brasília, v. 10, n. 1, p. 108-127, 25 jun. 2014.

JOSÉ, Emiliano. Intervenção da imprensa na política brasileira (1954-2014). 2. ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2015.

KUCINSKI, Bernardo. Jornalistas e revolucionários: nos tempos da imprensa alternativa. 3. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2018.

LEÃO, Lilian Machado. Cuestiones sociales y la prensa alternativa: un análisis del periódico jornal De Fato. 135f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidad Nacional de La Matanza, Buenos Aires, 2015.

LEÃO, Lilian Machado; TORRE, Michele. A instauração de uma esfera pública pelo jornal De Fato nos tempos da ditadura. Igualitária, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 1-16, jun. 2016.

LEMOS, Cândida Emília Borges; DUARTE, Raphael Resende. O feminismo na década de 1970 na narrativa do alternativo De Fato sobre o assassinato de Ângela Diniz. In: SANTANA, Letícia; MOREIRA, Renata; COUTINHO, Samara (Org.). Cartografias da edição independente. Belo Horizonte: Led, 2021. p. 192-207.

LUPTON, Ellen; PHILLIPS, Jennifer Cole. Novos fundamentos do design. São Paulo: Cosac Naify, 2008.

MAGALHÃES, Priscila Gonçalves; MUSSE, Christina Ferraz. O “Sete”: humor como forma de resistência: análise de um jornal alternativo da cidade de Juiz de Fora. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 39., 2016. Anais [...]. São Paulo: Intercom, 2016.

MELO, Chico Homem de. Introdução: um panorama dos vertiginosos anos 60. In: MELO, Chico Homem de (Org.). O design gráfico brasileiro: anos 60. 2. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2008. p. 28-57.

MORAES, Ary. Design de notícias: a acessibilidade do cotidiano. São Paulo: Blucher, 2015.

MORAIS, Aloísio. De como o JM originou a criação do “De Fato”. In: ZUBA, Fernando Horta (Org.). Jornal de Minas: histórias que ninguém leu. Belo Horizonte: Páginas, 2018. p. 36-40.

OLIVEIRA, Rui de. Pelos Jardins Boboli: reflexões sobre a arte de ilustrar livros para crianças e jovens. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

SONTAG, Susan. Sobre fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

TAVARES, Frederico de M. Brandão; VAZ, Paulo Bernardo Ferreira. Fotografia jornalística e mídia impressa: formas de apreensão. Famecos, Porto Alegre, v. 12, n. 27, p. 125-138, 13 abr. 2008. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2005.27.3329

TEIXEIRA, Heloisa. Rebeldes e marginais: cultura nos anos de chumbo, 1960-1970. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2024.

TRAVASSOS, Tarcísia. Gênero capa de jornal: do prelo manual a era da informática. Hipertextus, Recife, n. 9, p. 1-15, dez. 2012.

VERISSIMO, Bruno Pereira; CAMPELLO, Silvio Romero Botelho. Memória gráfica de Pernambuco: Luís Jardim sob a ótica do design da informação. In: CIDI, 9., 2019. Anais [...]. São Paulo: Blucher, 2019. p. 2375-2385.

VILELA, Gileide et al. Os baianos que rugem: a imprensa alternativa na Bahia. Salvador: EDUFBA, 1996.

VILLAS-BOAS, André. Sobre análise gráfica, ou algumas estratégias didáticas para a difusão de um design crítico. Arcos Design, Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, p. 2-17, dez. 2009.

Published

2025-08-28

How to Cite

CARNEIRO, André Matias. What the covers say: a graphic analysis of copies of the alternative newspaper De Fato (1976–1978). Journal Dialogue with Creative Economy, Rio de Janeiro, v. 10, n. 29, p. 124–144, 2025. DOI: 10.22398/2525-2828.1029124-144. Disponível em: https://dialogo.espm.br/revistadcec-rj/article/view/2027. Acesso em: 25 sep. 2025.