Uma análise sobre a experiência do consumo e produção em dois empreendimentos criativos da moda
DOI:
https://doi.org/10.22398/2525-2828.5136-17Abstract
O presente artigo pretende analisar a experiência do consumo, representada na Moda, à luz das reflexões dos sociólogos Simmel e Bauman, no que tange ao individualismo e suas expressões no comportamento do consumidor e na lógica da produção, transformada nos últimos anos pelos empreendedores da Economia Criativa. A Moda, intimamente relacionada com os valores e os pensamen
tos de uma sociedade, se atualiza na contemporaneidade e, a reboque, práticas de consumo são ressignificadas em novas experiências individuais mais autorais e criativas. Neste contexto, com o fortalecimento da Economia Criativa em diversos países do mundo e aqui no Brasil, podemos perceber que muitos profissionais estão criando pequenos negócios que fazem a união entre “fazer o que se deve” e “fazer o que se gosta”. Empreendedores criativos ligados ao setor da Moda, por exemplo, estão idealizando empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e que promovem a produção e o consumo conscientes. Esse é o caso de dois empreendimentos em São Paulo que, além de adotarem o upcycling como diferencial produtivo para gerar um impacto positivo no meio ambiente, praticam uma relação justa de trabalho e de valorização de suas costureiras. A abordagem metodológica utilizada no artigo é do tipo qualitativa com foco na revisão bibliográfica e pesquisa telematizada.
References
AKATU. Pesquisa Akatu 2018 traça Panorama do Consumo Consciente no Brasil. Disponível em: https://www.akatu.org.br/noticia/pesquisa-akatu-2018-traca-panorama-do-consumo-consciente-no-brasil/. Acesso em: 12 out. 2018.
BAUMAN, Zygmunt. A cultura no mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2013.
BAUMAN, Zygmunt. “Muitas Culturas, uma Humanidade?” In: Comunidade – A Busca por Segurança no Mundo Atual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, PP. 112-128.
BAUMAN, Zygmunt. O amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge BAUMAN, Zygmunt. Zahar Editor, 2004.
BENDASSOLLI, Pedro F. et al. Indústrias criativas: definição, limites e possibilidades. RAE, v. 49, n. 1, p. 10-18, 2009.
BENDASSOLLI, Pedro F.; WOOD JR., Thomaz. O paradoxo de Mozart: carreiras nas indústrias criativas. Organizações & Sociedade, v. 17, n. 53, p. 259-277, abr./jun. 2010.
BRAUNGART, Michael; MCDONOUGH, William. Cradle to Cradle: criar e reciclar ilimitadamente. 1. ed. São Paulo: Editora G. Gili, 2013.
BÜLL, Patrícia. Ela contrata ex-presidiárias e faz Moda com tecido com defeito e que sobrou. UOL Economia [Portal de notícias], 19 abr. 2018. Disponível em: https://economia.uol.com.br/empreendedorismo/noticias/redacao/2018/04/19/joaquina-brasil-vestuario-sobras-tecido-costureiras-ex-presidiarias.htm. Acesso em: 11 maio 2018.
CARVALHO, Rodrigo; BERLIM, Lilyan. Novos modelos de negócios e inovação na indústria da Moda e as grandes cidades. In: FIGUEIREDO, João; JESUS, Diego (org.). Cidades criativas: aspectos setoriais e territoriais. 1. ed. Rio de Janeiro: E-papers, 2017. p. 89-114.
COMAS. [Site institucional]. Disponível em <https://comas.com.br>. Acesso em: 11 maio 2018.
(MINC) Ministério da Cultura. Plano da Secretaria da Economia Criativa: políticas, diretrizes e ações, 2011 – 2014. Brasília: Ministério da Cultura, 2012.
FIGUEIREDO, João. Economia Criativa, cidade criativa e desenvolvimento. In: Economia Criativa / organização Eduardo Ariel de Souza Teixeira, Sílvia Borges Corrêa. 1. ed. Rio de Janeiro: E-papers, 2015. p. 27-47.
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO RIO DE JANEIRO – FIRJAN. Mapeamento da indústria criativa no Brasil. Rio de Janeiro: FIRJAN, 2019.
FLORIDA, Richard. A ascensão da classe criativa: e seu papel na transformação do trabalho, do lazer, da comunidade e do cotidiano. Porto Alegre: L&PM EDITORES, 2011.
GIDDENS, Anthony. Modernidade e Identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.
HOWKINS, J. Economia Criativa – Como ganhar dinheiro com ideias criativas. São Paulo: M. Books, 2013.
JESUS, Diego. Criando, inovando e excluindo: gênero e poder na Economia Criativa. In: XII CONAGES - Colóquio Nacional: Representações de Gênero e Sexualidades, 2016, Campina Grande (Artigo).
JESUS, Diego; KAMLOT, Daniel. Economia criativa e políticas públicas. Curitiba: Prismas, 2016.
KRZNARIC, R. Como encontrar o trabalho da sua vida. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
LEMOS, Haroldo. Responsabilidade Sócio-ambiental. Apostila do curso de Gerenciamento de Projetos no Terceiro Setor. FGV Managment, 2014.
SIMMEL, G. “A metrópole e a vida mental”. In: VELHO, O. (org.). O Fenômeno Urbano. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1967.
SIMMEL, Georg. Filosofia da Moda e outros escritos. Lisboa: Edições Texto & Grafia Lda, 2008.
TANJI, Thiago. Escravos da Moda: os bastidores nada bonitos da indústria Fashion. Revista Galileu [Site], 23 jun. 2016. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2016/06/escravos-da-Moda-os-bastidores-nada-bonitos-da-industria-Fashion.html. Acesso em: 11 maio 2018.
VERGARA, Sylvia C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 2004.
UNCTAD. Creative Economy Report 2008 – The challenge of assessing the creative economy: towards informed policy making. Nova York: UNDP – UNCTAD, 2008.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
The copyright for articles published in this journal belongs to the author, with first publication rights to the journal.
We emphasize that the responsibility for the articles is exclusive to the author(s) and does not necessarily reflect the opinion of the Editors or ESPM.