As artes cênicas no contexto da Economia Criativa de Belo Horizonte
DOI:
https://doi.org/10.22398/2525-2828.102894-111Palavras-chave:
Capacitação, Belo Horizonte, Economia Criativa, Tecnologias da cena, Artes cênicasResumo
O presente artigo resulta de uma pesquisa sobre a oferta de capacitação em artes cênicas, especificamente em tecnologias da cena, na cidade de Belo Horizonte, metrópole que tem se desenvolvido significativamente como polo de turismo de eventos, tanto de negócios quanto culturais. Por meio de uma revisão bibliográfica, confirmou-se a presença das artes cênicas entre os segmentos da Economia Criativa, área recente e de grande potencial econômico, bem como confirmou-se a importância das atividades criativas para os desenvolvimentos local e regional. No entanto, foram identificados alguns entraves para seu desenvolvimento no Brasil, entre eles, a falta de com- petências e de profissionais especializados que possam ampliar os resultados econômicos, sociais e culturais das regiões brasileiras. Nesse sentido, e dessa vez por meio de pesquisa exploratória, foram buscadas, em Belo Horizonte, as possibilidades existentes de formação de profissionais em tecnologias da cena, entendida esta como planejamento, concepção, projeto e detalhamento de configurações, ambientes e estruturas no âmbito das artes cênicas, compreendendo os projetos de iluminação, sonorização, cenografia e figurino de espetáculos teatrais e afins. A pesquisa confirmou a carência de ofertas regulares de capacitação, o que sugere a oportunidade para que propostas nesse sentido sejam feitas em benefício das artes cênicas, particularmente, e da economia criativa belo-horizontina e mineira de modo geral.
Referências
BELOTUR - EMPRESA MUNICIPAL DE TURISMO DE BELO HORIZONTE. Belo Horizonte: Cidade Criativa da Gastronomia. Belo Horizonte: Belotur, s.d. Disponível em: http://portalbelohorizonte.com.br/ creativecity/cidade-criativa. Acesso em: 06 abr. 2023.
BELUSI, Soraya. A alta temporada do teatro mineiro. Belo Horizonte: Jornal O Tempo, 2010. Disponível em: https://www.otempo.com.br/entretenimento/magazine/a-alta-temporada-do-teatro- mineiro-1.581191. Acesso em: 22 mar. 2023.
BRASIL. Ministério da Cultura. Brasil Criativo: Política Nacional de Economia Criativa. Brasília: Ministério da Cultura, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/cultura/pt-br/assuntos/noticias/minc-lanca-diretrizes-da-politica-nacional-de-economia-criativa-nova-secretaria-tambem-e-anunciada/ brasilcriativofolder2dobrasa40108.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.
BRASIL, Ministério da Cultura. Plano da Secretaria da Economia Criativa: políticas, diretrizes e ações 2011 a -2014. Brasília, DF: Ministério da Cultura, 2011. Disponível em: https://garimpodesolucoes.com.br/wp-content/uploads/2014/09/Plano-da-Secretaria-da-Economia-Criativa.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.
CARVALHO, Selma (org.). Economia criativa em Minas Gerais: um estudo exploratório. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 2018. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.mg.gov.br/consulta/verDocumento.php?iCodigo=76909&codUsuario=0. Acesso em: 10 out. 2023.
COSTA, Armando Dalla; SOUZA-SANTOS, Elson Rodrigo de. Economia criativa no Brasil: quadro atual, desafios e perspectivas. Economia & Tecnologia, Curitiba, ano 7, v. 27, p. 151-159, 2011.
DE MARCHI, Leonardo. Análise do Plano da Secretaria da Economia Criativa e as transformações na relação entre Estado e cultura no Brasil. Revista Brasileira de Ciências da Comunicação – INTERCOM, São Paulo, v. 37, n. 1, p. 193-215, jan./jun. 2014.
FIRJAN - FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil. Rio de Janeiro: Firjan, 2022. Disponível em: https://casafirjan.com.br/sites/default/files/2022-07/Mapeamento%20da%20Ind%C3%BAstria%20Criativa%20no%20Brasil%202022.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.
FLEMING, Tom. A Economia Criativa Brasileira: Análise da Situação e Avaliação do Programa de Empreendedorismo Social e Criativo Financiado pelo Newton Fund. Rio de Janeiro: Newton Found/ British Council, 2018. Disponível em: https://www.britishcouncil.org.br/sites/default/files/brasil_economia_criativa_online2-fg.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro de 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022.
LEITÃO, Cláudia Sousa. A criatividade e diversidade cultural brasileiras como recursos para um novo desenvolvimento. In: BRASIL. Ministério da Cultura. Plano da Secretaria da Economia Criativa: políticas, diretrizes e ações 2011 a 2014. Brasília: Ministério da Cultura, 2011. p. 11-15.
LEITÃO, Cláudia Sousa (org.). Criatividade e emancipação nas comunidades-rede: contribuições para uma economia criativa brasileira. São Paulo: Itaú Cultural; Editora WMF Martins Fontes, 2023. 400 p.
LEITÃO, Cláudia Sousa. Economia Criativa. São Paulo, 2013. Entrevista concedida a Daniel Douek, no Centro de Pesquisa e Formação do SESC São Paulo. Disponível em: https://centrodepesquisaeformacao.sescsp.org.br/noticias/entrevista-com-claudia-leitao. Acesso em: 8 out. 2022.
LEIVA, João. Cultura nas capitais: como 33 milhões de brasileiros consomem diversão e arte. Rio de Janeiro: 17Street Produção Editorial, 2018.
LUCIANI, Nadia Moroz. Iluminação cênica: uma experiência de ensino fundamentada nos princípios do design. 2014. 217 f. Dissertação (Mestrado em Teatro) - Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2014.
OBSERVATÓRIO P7 CRIATIVO. Radar: economia criativa em Minas Gerais. Belo Horizonte: Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais/Fundação João Pinheiro, 2018. Disponível em: https://fjp.mg.gov.br/wp-content/uploads/2020/07/24.8_Radar_arquivo_final.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.
OECD - ORGANIZATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT. Annual Report 2007. Paris: OECD Publishing, 2007. Disponível em: https://www.oecd-ilibrary.org/economics/oecd-annual-report-2007_annrep-2007-en. Acesso em: 10 out. 2023.
ONU - ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Relatório de economia criativa 2010: economia criativa: uma opção de desenvolvimento viável. Brasília: Secretaria de Economia Criativa/Minc; São Paulo: Itaú Cultural, 2012.
REIS, Ana Carla Fonseca; MARCO, Kátia (orgs.). Economia da cultura: ideias e vivências (recurso eletrônico). Rio de Janeiro: Publit, 2009. Disponível em: https://oibc.oei.es/uploads/attachments/405/economia-da-cultura__Brasil.pdf. Acesso em: 10 out. 2023.
REZENDE, Nádia Bueno. Tô na campanha: uma análise de uma proposta de popularização do teatro e da dança em Belo Horizonte (1998 – 2012). 2013. 82 f. Dissertação (Mestrado em Estudos do Lazer) – Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2013.
SALLES, Renata de Leorne. Economia Criativa: uma estratégia de desenvolvimento urbano em Belo Horizonte. Cadernos Metrópole, São Paulo, v. 24, n. 54, p. 721-738, 2022.
SINPARC-MG. Campanha de Popularização Teatro & Dança – 45 anos. Belo Horizonte: SINPARC-MG, 2019. Disponível em: https://www.vaaoteatromg.com.br/files/6788ff4f2bcb0b0a2d06096d57436dcc. pdf. Acesso em: 06 abr. 2023.
SINPARC-MG. Relatório de campanha (mensagem pessoal). Mensagem recebida de diretoriasinparc@gmail.com em 27 jul. 2024.
UNESCO - UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION. Creative economy report, 2013, special edition: widening local development pathways. Paris: UNESCO; New York: UNDP, 2013. 10 p. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000224698. Acesso em: 10 out. 2023.
VIANNA, Lucas Ribas; MAGALHÃES, Maria Thereza Saez; DOLABELA, José Geraldo. Determinantes da avaliação de eventos turísticos e culturais em Belo Horizonte. Revista Brasileira dos Observatórios de Turismo – ReBOT, Natal, v. 3, n. 1, p. 179-187, 2024.
WOOD JR., Thomaz; BENDASSOLI, Pedro Fernando; KIRSCHBAUM, Charles; CUNHA, Miguel Pina (coord.). Compreendendo as indústrias criativas. In: WOOD JR., Thomaz et al. Indústrias criativas no Brasil: cinema, TV, teatro, música; artesanato; software. São Paulo: Atlas, 2009. p. 24-35.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Yuri Simon da Silveira, Giselle Hissa Safar, Maria Regina Álvares Correia Dias

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os direitos autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista.
Ressaltamos que a responsabilidade dos artigos é de exclusividade do(s) autor(es) e não reflete, necessariamente, a opinião dos Editores ou da ESPM.