Um breve panorama da pesquisa em ergonomia no Brasil e algumas reflexões
DOI:
https://doi.org/10.22398/2525-2828.3750-65Resumo
Este artigo apresenta um resumo e reflexões sobre o estudo de Guimarães et al. (2016) quanto àsobr produção acadêmica (teses e dissertações) bBrasileira em ergonomia entre 1987 e 2012, disponível no banco de teses da plataforma CAPESapes/MEC em 2013. . O universo analisado foi de 796 publicaçõesresumos de 165 teses de doutorado, 506 dissertações de mestrado acadêmico e 125 dissertações de mestrado profissional que foram classificadoas pelo foco e tipo de abordagem do estudo. A abordagem de 58,2% dos trabalhos são do tipo “diagnóstico” (sem recomendações ou com recomendações genéricas) principalmente em processo; 22,1% são “comparação ou proposta de métodos”; 9,9% são “diagnóstico com recomendação” principalmente de produto; 7,5% são “projeto completo” principalmente de produto; 1,3% são “produção de dados de base”; 0,6% são “perfil profissional”; e 0,4% são de “revisão de literatura”. Os : (1) apenas diagnóstico; (2) diagnóstico com recomendações; (3) projetos completos; (4) produção de dados de base; (5) comparação ou proposta de métodos; (6) perfil profissional; e (7) revisão de literatura. Também foi avaliado o foco (se em processo, produto ou interface) das publicações. Um total de, sendo que 35 delas são sobre produto, e apenas 14 referem-se a um projeto ergonômico completo. A avaliação por área (Arquitetura, Design, Engenharia, Engenharia de Produção, Saúde e Outros) mostrou que a área de Engenharia de Produção tem o maior número de publicações (25%), estudando principalmente processos, seguida da área de Design (16%), focando principalmente em produto e dados de baA pesquisa mostrou que muitos resumos não trazem as informações mínimas (objetivo claro, principais resultados e aplicações) necessárias para despertar o interesse na leitura do texto e, servir de referência para outras 68,1% de diagnósticos disponíveis poderiam ser a base de outros estudos, aumentando o número de projetos completos, principalmente em processo (que representou apublicaçõpenas 1,76% dos 796 estudos), para atingir a meta maior da ergonomia: a otimização do trabalho e produtividade. Mas muitos resumos não trazem as informações mínimas (objetivo claro, principais resultados e aplicações) necessárias para despertar o interesse na leitura do texto na íntegra, e servir de referência para outros estudos. Poucas publicações foram geradas dos trabalhos das 5 instituições com maior produção, 51,1% tendo sido veiculadas em anais de congressos nacionais. Para que haja continuidade das pesquisas, propõe-se a criação de uma plataforma on line para fortalecer o intercâmbio entre instituições, que devem facilitar a disponibilização dos trabalhos e incentivar sua publicação.Referências
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