Investigando a monocultura econômica para práticas publicitárias conscientes
DOI:
https://doi.org/10.22398/2525-2828.41097-114Resumo
Tomando a perspectiva da monocultura econômica, um termo sociológico utilizado para criticar o fato de que ideias econômicas dominante não apenas mantêm a atual cadeia de produção em vigor como moldam todos os aspectos de nossas vidas, investigamos os problemas socioambientais resultantes da cadeia de produção linear. Ao analisar as etapas de extração, produção, distribuição, consumo e descarte, denunciamos uma série de práticas profissionais que contribuem ativamente para manter uma monocultura que oferece uma série de problemas à sociedade e ao meio ambiente, como a degradação de florestas, a extinção de espécies, a poluição (terrestre, aquática e atmosférica), e o empobrecimento de populações. Dentre as práticas profissionais destacadas, discutimos, em especial, a influência do publicitário nesse modelo econômico monocultor. Frente a uma ética profissional que incentiva um excesso de consumo que, involuntariamente, devasta o meio ambiente e a vida, analisamos movimentos de contracultura circulares e conscientes, e como cada profissional contribui a esses sistemas alternativos de produção. Essa análise torna visível o fato de que é preciso que publicitários, conscientes das consequências socioambientais de sua atuação profissional, questionem suas práticas e abram caminhos alternativos mais éticos. Dessa forma, esse trabalho busca apresentar critérios norteadores para uma prática publicitária aliada a propostas econômicas mais sustentáveis e justas.
Referências
ACAROGLU, Leyla. What is Disruptive Design. Medium [Blog], 05 out. 2016. Disponível em: <https://medium.com/disruptive-design/what-is-disruptive-design-5988e290ad88>. Acesso em: 16 fev. 2018
ADICHIE, Chimamanda. O perigo da história única. TEDGlobal, 2009. Disponível em: < https://www.ted.com/talks/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story/up-next?language=pt-br>. Acesso em: 10 fev. 2018.
AL GORE. Earth in the Balance. Boston: Houghton Mifflin Harcourt, 1992.
ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE PROPAGANDA. Código de ética. 2014.
Disponível em: <http://appbrasil.org.br/app-brasil/servicos-e-manuais/codigo-de- etica-dos-profissionais-de-propaganda/>. Acesso em: 23 jul. 2018.
BARROS, Denise Franca; AYROSA, Eduardo A. T. Consumo Consciente: Entre Resistência do Consumidor e Discurso Identitário. In: ENCONTRO DE MARKETING DA ANPAD, 5, 2012, Curitiba. p. 1-16. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/adm/pdf/2012_EMA257.pdf>. Acesso em: 16 fev. 2018.
Berlin, I. The Power of Ideas, Chatto & Windus, 2000. Pimlico.
BORBA, Elisabete Regina de Lima. Terceiro Setor: responsabilidade social e voluntariado. Curitiba: Champagnat, 2001.
BROWN, Dan. The Da Vinci Code. Estados Unidos: Random House, 2003.
CANO, Rosa Jímenez. Google demite funcionário que escreveu manifesto machista. El País [Blog], 08 ago. 2017,15h41. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/08/tecnologia/1502160185_676231.html>. Acesso em: 16 fev. 2018.
CHOMSKY, Noam. On Anachirsm. Califórnia: AK Press, 2005.
COSTA, Marizélia G. O Empreendedorismo e a Responsabilidade Social: uma experiência. Responsabilidade Social [Revista Online], 28 abr. 2015, ed. 190. Disponível em: <http://www.responsabilidadesocial.com/artigo/o-empreendedorismo-e-a-responsabilidade-social-uma-experiencia/>. Acesso em: 28 mar. 2018.
DUARTE, Gleuso Damasceno. Responsabilidade social a empresa hoje. Rio de Janeiro: LTC, 1996.
EON, Fábio. O que é responsabilidade social? Revista Responsabilidade Social [Revista Online], 2015. Disponível em: <http://www.responsabilidadesocial.com/wp-content/uploads/2015/04/O-Que-E-Responsabilidade-Social.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2018.
ETHOS. Formulação e Implantação de Código de Ética em Empresas.: reflexões e sugestões. São Paulo: Instituto ETHOS, 2000.
FERREIRA, B. S.; GUERRA, J. A. de P. Responsabilidade Socioambiental: um olhar sistêmico em uma organização estatal. Gestão & Conhecimento, Poços de Caldas, edição especial, nov. 2012.
JOHNSON, Bea. Zero Waste Home, The Ultimate Guide to Simplifying your Life by Reducing your Waste. Nova Iorque: Scribner, 2013.
LARA RESENDE, A. Os limites do Possível: A Economia Além da Conjuntura. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2014.
LATOUCHE, Serge. O Pequeno Tratado do Decrescimento Sereno. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 2010.
LEVITT, Theodore. Marketing Myopia. Harvard Business Review. Boston. p.138-149, jul-ago, 2004. Disponível em: <http://www.eniopadilha.com.br/documentos/levit_1960_marketing%20myopia.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2018.
MACHADO JUNIOR, Eliseu Vieira. Incorporação da dimensão socioambiental ao balanced Scorecard. São Paulo: Prisma, 2005.
MCDONOUGH, William; BRAUNGART, Michael. Cradle to Cradle: remaking the way we make things. Nova Iorque: North Point Press, 2002.
MELO NETO, Francisco Paulo de. Gestão da responsabilidade social corporativa: o caso brasileiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
MICHAELS, F.S. Monoculture: How One Story is Changing Everything. Red Clover Press, 2011.
MILLBURN, Joshua Fields; NICODEMUS, Ryan. What Is Minimalism? The Minimalists [Blog]. Disponível: <https://www.theminimalists.com/minimalism/>. Acesso em: 18 fev. 2018.
MUIR, John. Our National Parks. Boston: Houghton, Mifflin, 1901.
Papanek, Victor (1971). Design for the Real World: Human Ecology and Social Change, New York, Pantheon Books .
SANTOS, Márcia Oliveira. Responsabilidade Ambiental na Organizações: a busca pelo diferencial competitivo. Iniciação Científica Cairu. Cairu, v. 1, n. 0, p. 82-101, jun. 2014.
SHIVA, Vandana.Monocultures of the Mind. Penang: Third World, 1993.
STORY of Stuff (2007, OFFICIAL Version). storyofstuffproject, 2009. (21:24 min), son., color. Youtube. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=9GorqroigqM&t=41s>. Acesso em: 9 ago. 2017.
TIM Brown: Design & the circular economy - Circular Design Guide. Youtube, nov. 2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=yAvkM7B7BBs>. Acesso em: 16 fev. 2018.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os direitos autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista.
Ressaltamos que a responsabilidade dos artigos é de exclusividade do(s) autor(es) e não reflete, necessariamente, a opinião dos Editores ou da ESPM.