O que faz uma cidade ser criativa? Uma análise a partir das dimensões conceituais

Autores

  • Brenda Stefanny Batista Neves
  • Wandeline de Araujo Cumarú
  • Hannah Miranda Morais

DOI:

https://doi.org/10.22398/2525-2828.51518-32

Resumo

O que é uma cidade criativa? Quais são seus traços principais? Diante desses questionamentos, o presente artigo visa analisar, por meio de uma revisão sistematizada de literatura, as dimensões conceituais que definem uma cidade criativa, mensuradas pela literatura acadêmica brasileira dos últimos 10 anos. A coleta de dados ocorreu em 04 bancos de dados, registrando 26 estudos analisados. Os critérios metodológicos da revisão sistematizada optaram por analisar estudos empíricos, que apresente um caráter qualitativo e metodologias similares estabelecidos por 5 critérios de inclusão e 4 descritores de busca. Os achados de pesquisa apontam seis dimensões conceituais para mensurar uma cidade criativa, sendo elas; economia criativa, cultura/turismo, hibridismo cultural, mobilidade, design urbano e performance urbana. Considerações finais apontam que as dimensões conceituais discutidas são fortemente influenciadas pelo contexto das cidades brasileiras e das dinâmicas da nossa gestão pública.

Biografia do Autor

Brenda Stefanny Batista Neves

Graduada em Administração Pública pelo Centro Universitário Tabosa de Almeida, Brasil (2019)

Wandeline de Araujo Cumarú

Graduada em Administração Pública pelo Centro Universitário Tabosa de Almeida, Brasil (2019)

Hannah Miranda Morais

Mestrado em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco, Brasil (2016).

Referências

AMABILE, T. M. Motivating Creativity in Organizations: On Doing What You Love and Loving What You Do. California Management Review, v.40, n.01, p.39-58, 1997.

BALULA, Luís. Planejamento urbano, espaço público e criatividade. Estudos de caso: Lisboa, Barcelona, São Paulo. in. Cad. Metrop., São Paulo, v. 13, n. 25, p. 93-122, jan/jun 2011. Disponível em: <http://www.cadernosmetropole.net/download/cmartigos/cm25204.pdf>. Acessado em 12 agosto de 2017.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2009.

BENDASSOLLI, PEDRO F; WOOD JR, THOMAZ; KIRSCHBAUM; PINA, MIGUEL; CUNHA. Indústrias Criativas: definição, limites e possibilidades.in. RAE • São Paulo • v. 49 • n.1 • jan./mar. 2009 • 010-018. Disponível: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v49n1/v49n1a03.pdf>. Acessado em 23 julho 2017.

COSTA, P., B. VASCONCELOS E G. SUGAHARA. O meio urbano e a génese da criatividade nas atividades culturais”, in “Recriar e valorizar o território, Actas do 13º congresso da APDR, Açores, 5-7 Julho 2007; Coimbra: APDR

COSTA, Pedro; SEIXAS, João; OLIVEIRA, Ana Roldão. Das Cidades Criativas à Criatividade Urbana? Espaço, Criatividade e Governança na Cidade Contemporânea. 15º Congresso da APDR - Cabo Verde, 2009. Disponível em <http://www.apdr.pt/congresso/2009/pdf/Sess%C3%A3o%2028/97A.pdf >. Acessado em 04 julho de 2017.

FLORIDA, R.A Ascensão da classe criativa: e seu papel na transformação do trabalho, do lazer, da comunidade e do cotidiano. Porto Alegre: LPM, 2011.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa.4.ed. São Paulo. Atlas, 2008.

GRODACH, C. Cultural Economy Planning in Creative Cities: Discourse and Practice. International Journal of Urban and Regional Research. Volume v.37, n.05, p.1747–65, 2013.

HALL, P. Creative cities and economic development, in Urban Studies, 37 (4),639-649.Hall, P. Creative Cities and Economic Development, Urban Studies, vol. 37, N. 4, p. 639-649, 2000.

HARTLEY, J. Creative Industries. London: Blackwell, 2005.

HOWKINS, John. The Creative Economy: How People Make Money from Ideas. PenguinBoks, 2007.

LIMA, Selma Maria Santiago; Territórios Criativos - Estudo sobre Polos Criativos no Brasil, Brasília, 2012; Disponivel: <http://www2.cultura.gov.br/economiacriativa/wp-content/uploads/2013/06/poloscriativos.pdf>Acessado em 24 julho 2017.

LIPOVETSKY, G. Os tempos hipermodernos. Tradução Mário Vilela. São Paulo: Barcarolla, 2004.

MOURA, Dulce; et.al. A revitalização urbana: contributos para a definição de um conceito operativo. In: Cidades, Comunidades e Territórios, n.0 12/13, 2006, pp. 13- 32 15. Disponível em <https://repositorio.iscte.pt/bitstream/10071/3428/1/Cidades2006-12-13_Moura_al.pdf> Acesso em 14 de outubro de 2018.

O’CONNOR, J.; GU, X. Developing a Creative Cluster in a Postindustrial City: CIDS and Manchester. The Information Society, v.26, n.2, p.124–136, 2010.

REIS, Ana Carla Fonseca. Cidades Criativas: análise de um conceito em formação e da pertinência de sua aplicação à cidade de São Paulo [tese]. São Paulo: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; 2012. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16139/tde-08042013-091615/>. Acessado em 17 de agosto de 2017.

SEIXAS, JÁ. Reinvenção da Política na Cidade – Perspectivas para a Governação Urbana in Cidades, Comunidades e Territórios, Nº12-13, Centro de Estudos Territoriais, ISCTE, 2006.

_______. A Criatividade Urbana; sua relação com a Qualificação, a Competitividade e a Vitalidade das Cidades; Sua relação com a Governança Urbana a Política das cidades. Documento de trabalho interno à equipa Creatcity, policopiado, 2008.

SOUSA, Fernando C. de; PELLISSIER, René; MONTEIRO, Ileana P. Creativity, Innovation and Collaborative Organizations. International Journal of Organizational Innovation, v.5, n.1, p. 26-64, 2012.

UNCTAD. Creativity Economy Report 2010.United Nations, 2010.

WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org). Identidade & Diferença. Petrópolis: Vozes, 2000.

YÚDICE, George. A conveniência da cultura: usos da cultura na era global. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2006.

Downloads

Publicado

2020-12-17

Edição

Seção

Artigos