Análise da dinâmica e especialização das atividades criativas nas capitais brasileiras e cidades criativas da Unesco

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22398/2525-2828.823125-149

Palavras-chave:

Economia criativa, Shift-share, Cidades criativas

Resumo

Este artigo tem por objetivo discutir o crescimento das atividades criativas, que fazem interface com o turismo, nas 27 capitais brasileiras e nas cidades criativas reconhecidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura de Santos (SP) e Paraty (RJ). Para tanto, realizou-se uma aplicação estatística com dados da Relação Anual de Informações Sociais de 2011 a 2020. Para comparar as potencialidades locais em diferentes períodos, optou-se pelo uso do quociente locacional, shift-share e seu desdobramento Esteban-Marquillas. Os resultados encontrados ilustram que, a partir de 2017, as taxas de encolhimento das atividades criativas foram superiores ao encolhimento das atividades convencionais. O quociente locacional elucida que não houve mudanças estruturais abruptas em termos de concentração espacial das atividades criativas, o shift-share enfatiza o agravamento do encolhimento da economia criativa, coincidindo com os períodos das crises econômicas/institucionais e de distanciamento social derivado da covid-19.

Biografia do Autor

Jonas da Silva Henrique, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutor em Economia aplicada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Professor de Teoria Econômica na Faculdade de Ciências Econômicas (FACE / UFMG). Assessor na Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (BELOTUR).

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Publicado

2023-08-31

Como Citar

HENRIQUE, Jonas da Silva. Análise da dinâmica e especialização das atividades criativas nas capitais brasileiras e cidades criativas da Unesco. Diálogo com a Economia Criativa, Rio de Janeiro, v. 8, n. 23, p. 125–149, 2023. DOI: 10.22398/2525-2828.823125-149. Disponível em: https://dialogo.espm.br/revistadcec-rj/article/view/437. Acesso em: 29 set. 2025.

Edição

Seção

Artigos