A cultura organizacional sob um olhar estético

Autores

  • Viviane Narducci

DOI:

https://doi.org/10.22398/2525-2828.1292-110

Resumo

Com a intenção de contribuir com estudos que admitam a subjetividade nas organizações e conectem cultura organizacional e estética, buscou-se identificar, sob a ótica da abordagem estética, como a cultura organizacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vem sendo apreendida por seus servidores. A partir da perspectiva fenomenológica hermenêutica, realizou-se pesquisa etnográfica e, como a pesquisadora pertence ao quadro de servidores da organização estudada, a pesquisa possui também caráter autoetnográfico. O estudo concluiu que o conhecimento adquirido pelos integrantes do IBGE, a partir de suas experiências sensoriais e seus juízos estéticos, tanto é influenciado quanto possui influência sobre sua cultura.

Biografia do Autor

Viviane Narducci

Doutora e Mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Professora convidada dos cursos do IDE Management FGV.  Tecnologista sênior do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, tendo ocupado diversos cargos executivos; É sócia Diretora da Narducci Consulting – Consultoria e programas de capacitação em Gestão Estratégica de Pessoas.

Referências

AIDAR, Marcelo M. et al. Cultura organizacional brasileira. In: WOOD Jr., Thomas. Mudança organizacional. São Paulo: Atlas, 2004.

ALCADIPANI, Rafael; CRUBELLATE, João M. Cultura organizacional: generalizações improváveis e conceituações imprecisas. RAE - Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 43, n. 2, p. 64-77, 2003.

ALVESSON, Mats. Methodology for close up studies: struggling with closeness and closure. Higher Education, v. 46, n. 2, 2003.

ALVESSON, Mats; BERG, Per Olof. Corporate culture and organizational symbolism: an overview. Berlim: De Gruyter, 1992.

ARNHEIM, Rudolf. Arte e percepção visual. São Paulo: Cengage Learnig, 2011.

BARBOSA, Livia. Cultura e diferença nas organizações: reflexões sobre nós e os outros. São Paulo: Atlas, 2009.

BARBOSA, Livia. Igualdade e meritocracia. Rio de janeiro: FGV, 2003.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BARROS, Betânia T.; PRATES, Marco. O estilo brasileiro de administrar. São Paulo: Atlas, 1996.

BOSI, Alfredo. Cultura brasileira. 4. ed. São Paulo: Ática, 2008.

BRASIL. Decreto nº 4.740, de 13 de junho de 2003. Estatuto da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Brasília, 2003.

BRESSER-Pereira, Luiz Carlos. Reflexões sobre a reforma gerencial brasileira de 1995. Revista do Serviço Público. Brasília, v. 50, n. 4, p. 5-30, out/dez, 1999.

CALDAS, Miguel P. Culturas brasileiras: entendendo perfis culturais no plural e em mutação. In BARBOSA, Lívia (org). Cultura e diferença nas organizações: reflexões sobre nós e os outros. São Paulo: Atlas, 2009.

CALDAS, Miguel P. Santo de casa não faz milagre: condicionantes nacionais e implicações organizacionais da fixação brasileira pela figura do “estrangeiro”. In MOTTA, Fernando P.; CALDAS, Miguel P. (orgs.). Cultura organizacional e cultura brasileira. São Paulo: Atlas, 2006. p. 73-93.

CAVALCANTI, Bianor S. O gerente equalizador. Rio de Janeiro: FGV, 2005.

¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬DAMATTA, Roberto. A casa & a rua. Rio de janeiro: Rocco, 1997.

DAMATTA, Roberto. O que faz o Brasil, Brasil?, Rio de janeiro: Rocco, 1991.

DEAN JR, James W.; RAMIREZ, Rafael; OTTENSMEYER, Edward. Na aesthetic perspective on organizations. In: COOPER, Carry L.; JACKSON, Susan (orgs). Creating tomorrow’s organizations: a hand book for future research in organizational behavior. Lodon: Sage, 1997.

FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. 4. ed. São Paulo: Globo, 2008.

FINE, Gary Alan; MORRILL, Calvin; SURIANARAIN, Sharmi. Ethnography in organizational settings. In: BUCHANAN, David A.; BRYMAN, Alan (org). The sage Handbook of organizational research methods. London: Sage Publications, 2009.

FREITAS, Alexandre B. Traços brasileiros para uma análise organizacional. In MOTTA, Fernando P.; CALDAS, Miguel P. (orgs.). Cultura organizacional e cultura brasileira. São Paulo: Atlas, 2006. p. 38-54.

FREITAS, Maria Ester. Cultura organizacional: o doce controle no clube dos raros. In MOTTA, Fernando P.; CALDAS, Miguel P. (orgs.). Cultura organizacional e cultura brasileira. São Paulo: Atlas, 2006. p. 293-304.

FREYRE, Gilberto. Casa grande & senzala. Rio de janeiro: José Olympio, 1984.

GAGLIARDI, Pasquale (org.). Symbols and artifacts: views of the corporate landscape. Berlim: Wlater de Gruyter, 1990.

GAGLIARDI, Pasquale. Explorando o lado estético da vida organizacional. In: CALDAS, Miguel; FACHIN, Roberto; FISCHER, Tânia (org.). Handbook de estudos organizacionais: reflexões e novas direções. São Paulo: Atlas, 2001. V. 2.

GAGLIARDI, Pasquale. The collective Repression of “pathos” in organization studies. London: Sage publications, 2007.

GEERTZ, Clifford. The interpretation of cultures. New York: Basic Books, 1973.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicos de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1987.

HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Petropolis, RJ: Vozes, 1989.

HOFSTEDE, Geert. Culture’s consequences: international differences in work-related values. Londres: Sage, 1984.

HOLANDA, Sergio, B. Raízes do Brasil. 3. ed. Rio de janeiro: José Olympio, 1997.

HÖPFL, Heather (Orgs.). Do you do beautiful things?: aesthetic and art in qualitative methods of organization studies. In: BUCHANAN, David A.; BRYMAN, Alan (Orgs.). The sage handbook of organizational research methods. London: Sage, 2009.

HÖPFL, Heather (Orgs.). Organização e estética. Rio de Janeiro: FGV, 2007.

HÖPFL, Heather (Orgs.). The aesthetics of organization. London: Sage, 2000.

INOJOSA, Rose Marie. Intersetorialidade e a configuração de um novo paradigma organizacional. RAP - Revista de Administração Pública. Rio de janeiro, v. 32, n. 2, p. 35-48, mar/abr 1998.

KANT, Immanuel. The critique of judgement. Oxford: Clarendon Press, 1952.

LAVILLE, Christian; DIONE, Jean. A construção do saber. Porto Alegre: Artmed, 2007.

LINSTEAD, Stephen; HÖPFL, Heather (Org.). The aesthetics of organization. London: Sage, 2000.

LUSTOSA; Frederico da Costa. História das reformas administrativas no Brasil: narrativas, teorizações e representações. Revista do Serviço Público. Brasília, v. 59, n. 3, p. 271 - 288, Jul/set, 2008.

MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de janeiro: Jorge Zahar editor, 1997.

MARTINS, Humberto Falcão. A ética do patrimonialismo e a modernização da administração pública brasileira. In MOTTA, Fernando Prestes; CALDAS, Miguel P. (Orgs.). Cultura organizacional e cultura brasileira. São Paulo: Atlas, 2006. p. 171 - 183.

MOTTA, Fernando Prestes e ALCADIPANI, Rafael. Jeitinho Brasileiro, controle social e competição. RAE - Revista de Administração de Empresa. São Paulo, v. 39, n. 1, p. 6-12, Jan./Mar 1999.

MOTTA, Fernando Prestes; CALDAS, Miguel P. (Orgs.). Cultura organizacional e cultura brasileira. São Paulo: Atlas, 2006.

NONAKA, Ikujiro, TAKEUHI, Hiritaka. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de janeiro: Campus, 1997.

NUNES, Benedito. Introdução à filosofia da arte. São Paulo: Atica, 2001.

PAULA, Ana Paula Paes de. Por uma nova gestão pública. Rio Janeiro: FGV, 2005.

PIMENTA, Carlos Cesar. A reforma gerencial do Estado brasileiro no contexto das grandes tendências mundiais. RAP - Revista de Administração Pública. v. 32 n. 5, p. 173 - 199. Rio de janeiro, 1998.

PIRES, Jose Calixto; MACÊDO, Kátia Barbosa. Cultura organizacional em organizações públicas no Brasil. RAP - Revista de Administração Pública. v. 40, n.1, p. 81 - 105. Rio de Janeiro, 2006.

POLANYI, Michael. The tacit dimension. The University of Chicago Press, 2009.

RUSTED, Brian. Cutting show: Grounded aesthetics and entertainment organizations. In: LINSTEAD, Stephen; HÖPFL, Heather (org.). The aesthetics of organization. London: Sage, 2000.

SCHEIN, Edgar. Cultura organizacional e liderança. São Paulo: Atlas, 2007.

SCRUTON, Roger. Modern philosophy: na introduction and survey. New York: Pinguin, 1994.

SCRUTON, Roger. Uma breve história da filosofia moderna: de Descartes a Wittegenstein. Rio de janeiro: José Olympio, 1995.

STRAT, Antonio. Che cos’è l’ estética organizzativa. Roma: Carocci, 2010.

STRATI, Antonio. The aesthetic approach in organization studies. In: LINSTEAD, Stephen. The aesthetics of organization. [S.l]: SAGE Publications, 2000.

TROMPENAARS, Fons. Nas ondas da cultura: como entender a diversidade cultural nos negócios. São Paulo: Educator, 1994.

VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de coleta de dados no campo. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012b.

VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de pesquisa em administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012a.

VICO, Giambattista. A ciência nova. Rio de janeiro: Record, 1999.

Weber, Max. Economy and society: an outline of interpretative sociology. Berkeley: University of California Press, 1978.

WOOD JR., Thomas (Org.). Mudança organizacional. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

WOOD JR., Thomas; CSILLAG, Paula. Estética Organizacional. In: WOOD Jr., Thomas (Org.). Mudança organizacional. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

WOOD Jr., Thomaz. Nota técnica: a perspectiva estética contra o império da razão. In: CALDAS, Miguel; FACHIN, Roberto; FISCHER, Tânia (org.). Handbook de estudos organizacionais: reflexões e novas direções. São Paulo: Atlas, 2001. v. 2

Downloads

Publicado

2016-10-11

Edição

Seção

Artigos