Educação superior e profissionalização de trabalhadores criativos: estado da arte
DOI:
https://doi.org/10.22398/2525-2828.51533-57Resumo
O mercado global de bens criativos mais do que dobrou de tamanho de 2002 a 2015 (UNCTAD, 2018), sinalizando o potencial de crescimento deste setor, bem como a premência de qualificação dos trabalhadores criativos. A despeito de algumas características do mercado de trabalho criativo: poucas exigências de acreditação profissional por parte das indústrias criativas e atribuição da capacitação dos trabalhadores ao autoaprendizado/talento/vocação, a literatura tem mostrado que a educação superior tem um importante papel no desempenho da economia criativa. Neste cenário, o presente artigo visa a retratar e a caracterizar, por meio de levantamento bilbiométrico e sociométrico, as publicações sobre educação superior e profissionalização de trabalhadores criativos, no período de 2008 a 2019. Resultados mostram que metade dos estudos encontrados foi realizada no Reino Unido e na Austrália, países pioneiros nos investimentos em Economia Criativa. A densidade média da rede de colaboração de pesquisadores é de apenas 1,3%, o que evidencia o seu grau de dispersão. A base Taylor & Francis Online comporta 70,82% dos artigos encontrados, seguida da Sage, com 19,44%; as duas bases brasileiras (Spell e Scielo) somadas não alcançam 9% dos achados, o que revela a incipiência destes estudos no país. MuReferências
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