Identificação e exploração de oportunidades internacionais: estudo de caso Cecilia Prado
DOI:
https://doi.org/10.22398/2525-2828.2488-106Abstract
O presente estudo tem como objetivo analisar o processo de identificação e exploração de oportunidades internacionais de uma empresa brasileira da indústria criativa, atuante no mercado de moda feminina, mais precisamente em peças hand made de tricô, na implementação da sua estratégia de internacionalização. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa, com a utilização de estudo de caso único e coleta de dados por meio de entrevistas em profundidade e pesquisa documental. Os resultados obtidos permitem observar que o modelo de identificação e exploração de oportunidades, desenvolvido por Lumpkin e Hills (2001), pode ser aplicado nas estratégias de internacionalização de empresas, conforme análise realizada no caso Cecilia Prado. Todas as etapas do modelo, identificação de fontes de oportunidades e gaps de mercado, busca por informações, identificação, avaliação e desenvolvimento da oportunidade foram identificadas no primeiro movimento internacional da empresa. Os conhecimentos, aprendizados e relacionamentos com agentes no Brasil e no exterior foram essenciais para a empresa no processo de desenvolvimento de novas capacidades e competências empresariais que garantiram a Cecilia Prado não somente identificar e explorar oportunidades internacionais, bem como maximizar a criação e a entrega de valor superior para o mercado de moda mundial.
References
ALSOS, G. A.; KAIKKONEN, V. Opportunities and prior knowledge: a study of experienced entrepreneurs. Frontiers of Entrepreneurship Research, Wellesley, v. 10, n. 1, p. 301-314, set., 2000.
ALVES, R. D. Empreendedorismo e o processo de identificação de oportunidades. 2005. 115 f. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas) - Departamento de Administração. Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro.
ARDICHVILI, A.; CARDOZO, R.; RAY, S. A theory of entrepreneurial opportunity, identification and development. Journal of Business Venturing. v. 18, n. 1, p. 105-123, set., 2003.
BARDIN, I. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições Setenta, 1994.
BARTHOLOMEI, P. L.; PRADO, C. Paulo Lourenço Bartholomei; Cecília Prado: depoimento [out. & nov 2016]. Entrevistador: A. Silva. Rio de Janeiro, 2016. Gravação via Skype. Entrevista concedida para estudo de caso de trabalho de conclusão de curso.
SILVA, L. I. L. da. Luiz Inácio Lula da Silva: depoimento [abr. 1991]. Entrevistadores: V. Tremel e M. Garcia. São Paulo: SENAI-SP, 1991. 2 cassetes sonoros. Entrevista concedida ao Projeto Memória do SENAI-SP.
BENDASSOLLI, P. F et al. Indústrias criativas: definição, limites e possibilidades. RAE – Revista de Administração de Empresas, p. 10-18. 2008.
BLYTHE, M. The work of art in the age of digital reproduction: the significance of the creative industries. JADE, v. 20, n. 2, p. 144-150, 2001.
CASSON, M. The entrepreneur: an economic theory. 2. ed. Oxford: Edward Elgar, Totowa, 1982.
COSTA, C. R. F. da; MACHADO, H. V.; VIEIRA, F. G. D. Comportamento empreendedor na exploração de oportunidades: história oral sobre o caso de uma indústria do setor alimentício. Desenvolvimento em questão, v. 5, n. 10, p. 75-95, 2007.
DALLA COSTA, A.; SOUZA-SANTOS, E. R. de. Economia criativa: novas oportunidades baseadas no capital intelectual. Economia & Tecnologia, Curitiba, v. 7, p. 179-186, 2011.
DAVIDSSON, P. A conceptual framework for the study of the entrepreneurship and the competence to practice it. In: Working Paper. Jönköping, v. 12, n. 1, p. 1-23, 2000.
DE BONO, E. Opportunities. Middlesex: Penguin Books, 1980.
DELLAGNELO, E. H. L.; SILVA, R. C. Análise de conteúdo e sua aplicação em pesquisa na administração. Pesquisa qualitativa em administração: teoria e prática, v. 1, p. 97-118, São Paulo: FGV, 2005.
FIRJAN. A cadeia da indústria criativa no Brasil. Estudos para o desenvolvimento do Rio de Janeiro. Relatório. Rio de Janeiro, 2011.
FIRJAN. Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil. Estudos para o desenvolvimento do Rio de Janeiro. Relatório. Rio de Janeiro, 2012.
FLORIDA, R. The rise of the creative class: and how it’s transforming work, leisure, community and everyday life. New York: Basic Books, 2002.
GAGLIO, C. M. The role of mental simulations and counterfactual thinking in the opportunity identification process. Entrepreneurship Theory and Practice. San Francisco, v. 28, n. 6, p. 533–552, dez. 2004.
GAGLIO, C. M.; KATZ, J. A. The psychological basis of opportunity identification: entrepreneurial alertness. Small Business Economics. v. 16, n. 2. p. 95-111, mar. 2001.
KAISH, S.; GILAD, B. Characteristics of opportunities search of entrepreneurs verses executives: sources, interests and general alertness. Journal of Business Venturing. Rutgers University, v. 6, n. 1, p. 45-61, jan. 1991.
KIRZNER, I. Competition and entrepreneurship. University of Chicago Press: Chicago, 1973.
KIRZNER, I. M. Perception, opportunity and profit. University of Chicago Press: Chicago, 1979.
LUMPKIN, G. T.; HILLS, G. E. Opportunity recognition: a CEAE white paper. University of Illinois: Chicago, 2001.
MILLER, K. D. Risk and rationality in entrepreneurial processes. Strategic Entrepreneurship Journal. v. 1, n. 1/2, p. 57-74, nov. 2007.
MUZYCHENKO, O.; LIESCH, P. W. International opportunity identification in the internationalisation of the firm. In: Journal of World Business. v. 50, n. 4, p. 704-717, out. 2014.
OLIVEIRA, D. C. D., GUIMARÃES, L. D. O. Perfil empreendedor e ações de apoio ao empreendedorismo: o NAE/SEBRAE em questão. In: ENCONTRO NACIONAL DA ANPAD, 27., 2003, Atibaia (SP). Anais... Atibaia: ANPAD, 2003. 1 CD-ROM.
OZGEN, E. Porter’s diamond model and opportunity recognition: a cognitive perspective. Academy of Entrepreneurship Journal, University Park, Pennsylvania v. 17, n. 2, p. 61-76, 2011.
SCHUMPETER, Joseph. Creative destruction. Capitalism, socialism and democracy. New York: Harper, 1942. p. 82-85
SCOTT, A. The Cultural Economy of Cities. In: International Journal of Urban and Regional Research, Erkner, v. 21, n. 2, p. 323-339, 1997.
SERRA, F. A. R. Ser empreendedor. Saraiva: São Paulo, 2010.
SHANE, S. A., VENKATARAMAN, S. The promise of entrepreneurship as a field of research. Academy of Management Review. v. 25, n. 1, p. 217-226, jan. 2000.
SILVA, A. C. B. da. Identificação e exploração de oportunidades internacionais: estudo de caso Cecilia Prado. 2016. 109 fl. Trabalho de Conclusão de Curso (Administração) – Faculdade de Economia e Finanças, Ibmec, Rio de Janeiro, 2016.
SÖDERQVIST, A. Opportunity exploration and exploitation in international new ventures: A study of relationships’ involvement in early entrepreneurial and internationalisation events. 269 fl. Dissertação (Mestrado em Negócios Internacionais) – School of Economics. Hanken School of Economics, Helsinki, 2011.
STEVENSON, H. H.; CARLOS JARRILLO-MOSSI, J. Preserving entrepreneurship as companies grow. Journal of Business Strategy, v. 7, n. 1, p. 10-23, 1986.
TIMMONS, J. A. New venture creation. 2. ed. Richard D. Irwin: Homewood, 1985.
UNCTAD. Creative economy: report 2013. New York: United Nations, 2013.
UNDP. (2013). Creative Economy Report 2013: special edition. Nova Iorque: United Nations Development Programme. United Nations/UNDP/UNESCO, 2013. Disponível em: Acesso em 20 jul. 2013.
VAGHELY, I. P., JULIEN, P. A. Are opportunities recognized or constructed? An information perspective on entrepreneurial opportunity identification. Journal of Business Venturing. v. 25, n. 1, p. 73-86, jan. 2010.
WHITE, S. D.; GUNASEKARAN, A.; H. ROY, M. Performance measures and metrics for the creative economy. Benchmarking: An International Journal, v. 21, n. 1, p. 46-61, 2014.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
ZIKMUND, W. G. Princípios da pesquisa de marketing. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
Downloads
Published
Issue
Section
License
The copyright for articles published in this journal belongs to the author, with first publication rights to the journal.
We emphasize that the responsibility for the articles is exclusive to the author(s) and does not necessarily reflect the opinion of the Editors or ESPM.